segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ 2013!


De repente, num instante fugaz, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás.
De repente, num instante fugaz, as taças de champagne se cruzam e o vinho francês borbulhante anuncia que o ano velho se foi e ano novo chegou.
De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num so pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ E AMOR.
De repente, não importa a nação, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque todos são humanos e Descendentes de um só Pai, os homens lembram-se apenas de um só verbo: amar.
De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, os homens cantam uma só canção, um só hino, o hino da liberdade. De repente, os homens esquecem o passado, lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver.
De repente, os homens lembram-se da maior dádiva que têm: a vida. De repente, tudo se transforma e chega o ano radiante de esperança, porque só o homem pode alterar os rumos da vida.
De repente, o grito de alegria, pelo novo ano que aparece.

Que todos os sonhos, desejos e pensamentos, se realizem neste novo ano, que as esperanças e felicidade se renovem, para que no futuro próximo possa se sentir pleno.
FELIZ ANO NOVO!

Boas festas!
São os votos da equipe Gerencial Júnior Consultoria

Fonte: Caroline Rayel

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Conheça o perfil do profissional do terceiro setor


Foi-se o tempo no qual o público que trabalhava em causas sociais eram apenas senhoras donas-de-casa, dedicadas às organizações assistencialistas. As demandas do século XXI, com crises se instalando em potências consolidadas no panorama global, migraram de questões que envolviam exclusivamente o mercado para colocar em foco o chamado terceiro setor, que atrai cada vez mais jovens - que enxergam nesse segmento, além da contribuição social, uma oportunidade profissional em franco desenvolvimento. O novo enfoque e produção de conhecimento avançam da administração tradicional (do Estado e mercado), em direção à administração pública (sociedade civil). Com isso, a sociedade está diante de um desafio que se impõe para a formação de novos cenários. O que propõe o terceiro setor em relação ao mercado de trabalho? Certamente o lucro não é a prioridade número um de quem busca oportunidade de trabalho nessa área. Apesar de jovens serem tidos como ambiciosos, o conceito de ambição passa a ter outra conotação que não somente o dinheiro. Claro, ninguém diz que o dinheiro não é importante e, ao contrário do que se pensa, o terceiro setor hoje em dia oferece sim renumeração bastante digna. Mas a ambição de crescer profissionalmente em paralelo ao crescimento pessoal, pela percepção de ter um papel mais efetivo nas mudanças sociais, tem atraído cada vez mais pessoas.
Mas quem é esse profissional que se interessa por uma área ainda considerada em processo de consolidação? Resposta difícil, mas para muitos o fato de ser uma área em "processo de consolidação" é por si só, uma excelente motivação. A princípio, outros formatos de relações profissionais, aliados a propostas que vislumbrem maior participação social, indicam um caminho bastante sedutor para quem busca, acima de tudo, realização pessoal. Sair do círculo de competitividade dominante no segundo setor (indústria, comércio e serviços) e buscar satisfação de se incluir em uma causa relevante é uma das grandes motivações que tem levado pessoas a escolherem essa trajetória. Principalmente porque o terceiro setor tem atingido, diferente do tempo das "senhorinhas donas –de -casa", uma real maturidade profissional na gestão administrativa.
Mas certamente nem tudo são flores. A área ainda carece de divulgação, principalmente nos ciclos universitários, no sentido de mostrar essa opção como uma escolha consistente. Ainda prevalece a visão um pouco confusa de que se trata de um setor informal, sem profissionais devidamente capacitados para gerenciar os projetos, com estrutura precária. Em parte isso ainda (infelizmente) é verdade. Mas não é uma verdade absoluta. A profissionalização do setor é visível e louvável e se dá cada vez mais, na medida em que essas entidades atraem pessoas com boa formação e visão de mundo mais ampla. As mudanças ocorridas nos últimos tempos na configuração global, sejam políticas ou econômicas, exigem um novo posicionamento em relação às causas sociais, que não mais o de mera assistência. É preciso provocar uma nova visão, oferecer outras soluções que não as tradicionais, incluir e formar cidadãos responsáveis em todos os níveis.
Para os interessados em ingressar nesse mundo fascinante, de amplas possibilidades, sugere-se alguns requisitos básicos, como identificação com os valores da organização, flexibilidade, afinidade com a causa, criatividade e boa capacidade de relacionamento. Dependendo do tipo de entidade, podem-se enquadrar os mais diversos perfis e formações profissionais, mas é sempre bom ressaltar que este é um mercado em formação, cujo requisito básico é disponibilidade para enxergar o mundo com um novo olhar.
Fonte: Administradores.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

Freud explica como aumentar os lucros do seu negócio

Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de negócios "desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com o aumento dos lucros.
O que o famoso alemão Sigmund Freud tem a ver com o sucesso de empresários e seus empreendimentos? Muitas vezes, a reposta é simples: tudo. Entender os conceitos da Psicanálise e aplicá-los à prática do universo corporativo pode ser a solução para muitos homens e mulheres que não conseguem entender por que suas empresas não conseguem ter um bom desempenho.
Considerado por muitos como um dos grandes gênios dos séculos XIX e XX, Freud deixou um legado àqueles que buscam o entendimento da própria mente – fato este que, muitas vezes, não é almejado pelos donos de negócios. Sobre isso, vale dizer que um dos maiores desafios que enfrento no dia a dia com empresários é fazer com que entendam que a origem de problemas como baixos resultados financeiros pode não estar em estratégias, funcionários ou sócios. Em grande parte dos casos, o ponto-chave é a própria dinâmica mental desses executivos. Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de negócios "desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com o aumento dos lucros. Durante a convivência com mais de 1.200 empresários ao longo dos últimos 12 anos, busquei fazer com que entendessem os mecanismos de defesa da Psicanálise, algo constantemente presente no cotidiano corporativo.
Praticamente todos os empresários, inconscientemente, põem em prática esses mecanismos, o que prejudica – e muito – o desempenho dos negócios. Ao levar para a empresa um problema mal resolvido em casa, eles aplicam o que Freud chamou de Deslocamento e apenas transferem as preocupações de ambiente. Outro fator presente no comportamento dos donos de negócios é a Negação. Ou seja, eles deixam de enxergar determinado problema para realizar seu objetivo, por exemplo, um investimento arriscado. Mesmo que os números do relatório preparado pelo contador apontem que o momento não é propício para ampliar a fábrica ou fazer contratações, os empreendedores em estado de negação optam pelo caminho do "sei que vai dar certo" e correm até o risco de quebrar. Além de negar o risco em uma negociação, o empresário, frequentemente, é "muito apaixonado" por seu negócio. Por conta disso, põe em prática a Idealização para justificar uma decisão, especialmente as que parecem não fazer sentido para o restante das pessoas. A chamada Projeção também é algo muito presente no ambiente empresarial. Esse Mecanismo de Defesa pode ser observado, por exemplo, em uma relação de sociedade, com a transferência de desejos ou conteúdos que estão em você ao outro – "ele vive viajando" e "ele vive com mulheres mais jovens" são frases que podem exemplificar esse tipo de atitude. Em linhas mais populares, poderíamos tratar esse último tópico como "uma inveja disfarçada pela visão crítica", já que os defeitos dos outros são, na verdade, muitas vezes as virtudes que gostaríamos de ter.
Com o conhecimento dos conceitos da Psicanálise e a prática de algumas técnicas, esses comportamentos inconscientes são compreendidos e alterados. Ao mudar sua maneira de pensar, o empresário também passa a agir de forma diferente. Isso potencializa o desempenho de seus subordinados e acaba por ampliar os lucros nos negócios.
Fonte: Administradores.com.br

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Professor da UDESSM é premiado em São Paulo

A Gerencial Júnior Consultoria, alunos e professores da UDESSM parabenizam o professor Igor Bernardi Sonza, por ser escolhido como 2º colocado no Prêmio IBGC-Itaú- Academia. Esse prêmio existe com a finalidade de estimular a perspectiva científica na investigação da Governança Corporativa no Brasil. O trabalho premiado foi “A governança corporativa influencia a eficiência das empresas brasileiras?”. A cerimônia de premiação aconteceu na terça-feira (23) durante o XIII Congresso Internacional de Governança Corporativa em São Paulo- SP.

Fonte:  Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM

domingo, 21 de outubro de 2012

Dicas para ter sucesso em projetos


Embora o foco das empresas ouvidas esteja mais no desenvolvimento de um produto, as lições se aplicam a projetos, gestão de equipes e bom atendimentoTer sucesso em uma iniciativa, não importa qual sua natureza, é algo almejado por todos. Mas, dependendo da atividade, os desafios podem ser maiores ou menores. E quando o assunto é dificuldade, nada melhor do que observar como uma startup se safa de determinadas situações. Esse tipo de companhia sofre com a falta de capital, com o baixo conhecimento da marca e, em especial, enfrenta barreiras para reter talentos. E aí reside uma preocupação central, já que, em geral, sobretudo, no mundo tecnológico, o capital humano é o maior bem. Startups espalhadas pelo mundo todo têm muito a ensinar e é preciso reconhecer isso. As formas como elas lidam com seus desafios podem ajudar uma grande corporação ou, por exemplo, um departamento de TI a executar melhor um projeto. Durante o 22º Encontro Genexus, em Montevidéu, Uruguai, um painel que abordou Modelos de Negócio em TI a partir do intercâmbio entre produtos e serviços, quatro startups de origem uruguaia compartilharam lições importantes no que diz respeito a retenção de talentos, reduzir riscos e frisaram a necessidade de focar o cliente. A seguir, as principais ideias captadas do debate.
Recursos humanos
Não tem jeito. Sempre que se conversa com alguém da área de TI a falta de mão de obra qualificada sempre será abordada. Mas o desafio vai muito além da busca por um talento. Como muitos sabem, é cada vez mais complexo reter um talento. Alvaro Garcia, CMO e cofundador da rede de sites PedidosYa.com, que permite fazer pedidos para restaurantes cadastrados, avalia que há diferentes formas de reter talentos. Na sua companhia, especificamente, o foco está no tom informal e em todo o trabalho direcionado às pessoas. “Boa parte dos funcionários está na área de serviço ao cliente. Falamos muito da cultura interna, somos uma empresa informal, trabalhamos muito a cultura, forma de trabalho, ambiente. Temos um lugar para trabalhar, divertir-se e aprender”, comenta. No caso da PedidosYa, o foco esteve em criar um ambiente descontraído, inspirado em modelos norte-americanos. A vice-presidente de iniciativas estratégicas da Infocorp, Ana Inés Echavarren, ressaltou que, num país pequeno como o Uruguai, a escassez de mão de obra tende a ser um problema ainda maior. Mas, como falado, o desafio vai além da escassez. No caso da Infocorp, além de reter talentos, a companhia precisava melhorar o desempenho das pessoas. E para isso, foi preciso uma solução que, certamente, não agradou a todos: dividir o departamento e tornar as tarefas de cada um mais focadas. 
“As empresas que vivem de serviços tem uma organização muito forte. Quando é produto, queremos fazer em algumas horas com equipe de projeto. Separamos as áreas, uma só para produtos, com cinco pessoas, e outra para projetos. As práticas são diferentes, a forma de trabalhar é diferente. Criamos uma divisão forte”, explica. Essa saída ajuda, por exemplo, a evidenciar talentos.
Validação de produto/projeto
Validar um projeto não é tarefa fácil. É normal encontrar departamentos ou empresas que, no momento em que surge uma ideia, já começa a, de alguma forma, colocá-la em prática. Isso, entretanto, pode ser um erro fatal e fadar algo que poderia ser exitoso ao fracasso. Além disso, existe uma prática de apenas atualizar e entender que aquilo segue inovar. Outro engano. “Os produtos têm vícios. As pessoas sempre acham que terão êxito”, ensina Gabriel Lopez, líder de produto da Infragistcs, atestando a importância de estudar bem antes de tomar qualquer decisão. Na mesma toada vem Conrado Viña, gerente-geral da Feng Office, companhia que oferta uma plataforma de colaboração especializada em gerenciamento de projetos que tem até a Nasa entre seus clientes. Quando a ideia surgiu, o foco estava na questão da colaboração, mas, após um levantamento, entendeu que era preciso rever o foco. “Quando decidimos lançar, não pensávamos tanto em projetos, mas em uma plataforma colaborativa. Validamos com alguns possíveis clientes e vimos que precisamos rever nosso foco, o que demandou investimento. Por isso a importância, antes de investir muito no desenvolvimento, validar o mercado.”
Mitigue o risco
Mitigar o risco pode ser visto e analisado a partir de diversas variáveis. Você pode reduzi-lo ao focar em apenas um produto, ampliando o conhecimento do mercado que deseja atuar, encontrando forma de reter talentos ou mesmo refazendo a estratégia. Para Garcia, da PedidosYa.com, conhecimento e investimento são extremamente necessários nesse processo. “Para mitigar o risco, nos focamos naquilo que queríamos fazer, focamos comércio eletrônico e seguimos desenvolvendo a plataforma que já tem diversos clientes.” Para Lopez, a saída foi diferente. Era preciso ser uma empresa de produto, mas sem se distanciar do serviço. O foco no caso foi planificar a companhia e fixar um marco de cinco aplicações publicadas por ano. Eles entendiam que, dessa forma, ao menos uma faria sucesso e pagaria todo o investimento. Outra dica passada pelo executivo é quando seu departamento ou sua empresa muda o foco para serviço. Se a demanda for mal calculada e “desaparecer”, o risco para a saúde da companhia será muito grande.
Cliente em primeiro lugar
Por último, e não menos importante, está a atenção dedicada ao cliente. O conselho é dos mais velhos, mas muita gente insiste em não fazer isso direito. Sem escutar o consumidor, dificilmente você entregará algo que atende o mercado da melhor forma. “Cliente tem sempre que estar em primeiro lugar, depois a cultura interna de como se pode entregar o melhor serviço possível”, afirma Viña, da Feng Office. Para o gerente-geral da companhia que comercializa uma plataforma de colaboração, empresas que lidam com muita tecnologia, em geral, têm excelentes quadros técnicos, mas essas pessoas, normalmente, não lidam bem com os clientes e isso pode ser desastroso. “É preciso balancear cultura interna com o objetivo principal que é o melhor serviço para o cliente.” Em tempos de consumerização, essa é uma lição que o CIO e sua equipe devem levar para todos os lados. Cada vez mais as ferramentas escolhidas para o dia a dia são ditadas pelas pessoas, elas pressionam por soluções mais fáceis e que, ao mesmo tempo, atendem às necessidades da atividade fim. Afora a tendência, dialogar bem com as áreas também é uma forma de focar o cliente e melhorar a percepção dentro da companhia.
Fonte: informationweek.com

sábado, 29 de setembro de 2012

Sua empresa já está nas mídias sociais

O fato de uma empresa não estar oficialmente no Facebook, por exemplo, não impede que milhões de comentários, positivos e negativos, já estejam circulando pela rede.
Semana passada estava preparando uma apresentação para uma reunião com executivos de uma empresa sobre a ainda crucial dúvida existencial "Devo ou não colocar minha empresa nas mídias sociais" e aproveitei para reler o "Security, Privacy and Web 2.0". Já esta série de documentos chamada GIO (Global Innovation Outlook)apresenta relatórios resumindo conclusões geradas a partir de debates de alto nível sobre questões relevantes para a sociedade e as empresas, e vale a pena investir algum tempo dissecando seu conteúdo.
Na verdade, a velocidade com que a World Wide Web se integrou nas nossas vidas é alucinante. O primeiro site www apareceu em 1991, ou seja, vinte anos atrás. Em meados do ano passado já eram mais de 364 milhões de websites. Seu impacto no nosso cotidiano social, político e econômico é incontestável. Caminhamos hoje para uma web mais interativa e colaborativa, inicialmente chamada de Web 2.0, e que se reflete em serviços quase que indispensáveis ao nosso dia a dia, como Facebook, Twitter, Youtube, Wikipedia e outros. Por outro lado, esta interatividade e a crescente exposição de nossos dados pessoais, fotos, localização, etc., abre questionamentos e debates sobre eventuais riscos à nossa privacidade e segurança. Mas serão riscos reais ou mais percepção de insegurança diante de um fenômeno tão novo?
O relatório buscou analisar esta questão e chegou a conclusões bem interessantes. Primeiro, identificou que a cultura de cada país tem um papel fundamental na determinação da tolerância a riscos que as pessoa e a sociedade assumem em relação a divulgar suas informações pessoais. Por exemplo, 39% dos brasileiros disseram que os benefícios obtidos com uso das plataformas de mídias sociais compensam eventuais riscos de segurança e privacidade. Já apenas 10% dos chineses concordaram com esta afirmação. A diversidade cultural, as diferenças entre os regimes políticos e a maturidade democrática influenciam significativamente a postura dos usuários diante das plataformas sociais.
Outro ponto que me chamou a atenção foi que ao contrário da percepção geral, a imensa maioria dos usuários pesquisados sabe distinguir muito bem quando interagindo em nome pessoal ou abordando questões relacionadas com as empresas onde trabalham. E usam o bom senso para não divulgar informações consideradas impróprias. Na minha opinião pessoal, a lição aqui é que a educação e a prática levam ao uso mais adequado das novas tecnologias e não a imposição tutelar, que parte do pressuposto que as pessoas são ingênuas e que precisam de tutela para se comportarem bem nas redes sociais. O uso de práticas que levam a maior segurança se dissemina com conhecimento e experiência prática. Nós, quando crianças da geração analógica aprendemos a não passar informações pelo telefone e nem atravessar a rua sem olhar para os lados. Quando nascemos, o telefone e as ruas já existiam... A geração digital está acostumada com a World Wide Web, pois quando nasceram ela já existia. Os questionamentos surgem principalmente de nós, oriundos da geração analógica, que estamos migrando para o mundo digital e ainda não estamos tão íntimos dela assim. Daí os receios e questionamentos.
Fazendo, por conta própria, um levantamento oficioso via buscador do Google, descobri que os casos de uso inadequado e impróprio das plataformas sociais são raros e por isso aparecem com tanto destaque na mídia. Outra conclusão interessante: as próprias comunidades se autopoliciam e descredenciam pessoas que insistentemente mantém comportamento inadequado na percepção da comunidade. Estas criam seus próprios códigos de conduta. Em jogos pela Internet isto fica bem claro, bem como nos grupos que seguimos no Twitter ou na relação de amigos do Facebook. Criamos nossos padrões de conduta e se uma pessoa que sigo no twitter abusa de palavrões fora de contexto ou sistematicamente tuita frases impróprias, eu simplesmente dou o "unfollow". Não preciso de ninguém me orientar neste sentido. É o meu bom senso.
O uso das plataformas sociais dentro das empresas é um tema que ainda gera muito debate. A pesquisa mostrou que a maior parte das pessoas sabe distinguir quando está usando estas tecnologias no contexto corporativo e no pessoal. Portanto, o receio das empresas em entrarem nas plataformas sociais, pois seus funcionários falarão coisas impróprias é, antes de mais nada, desmerecê-los. Se você não confia neles, porque os contratou?
Aliás, debater se a empresa vai entrar ou não as mídias sociais é um debate bizantino. Ela já está lá. A questão é se ela quer participar das conversas ou não. O fato de uma empresa não estar oficialmente no Facebook não impede que milhões de comentários, positivos e negativos já estejam circulando pela rede. Ela tem que decidir apenas se quer participar da festa... Pois na festa ela já está. O importante é criar uma política aberta e bem divulgada de guidelines de uso das mídias sociais, incentivar seus funcionários e criar condições para que eles, estando em rede conectados ao mundo, tragam retorno à empresa. O caso da IBM é emblemático de como incentivar e explorar midias sociais para criar redes de relacionamento e incentivar inovação. Em um mundo cada vez mais conectado os profissionais devem ser cada vez mais empowered e isso significa que não devem existir políticas muito restritivas de uso das tecnologias que facilitam a criação e redes sociais e troca de idéias. Enpowerment (ou emponderamento) é exatamente isso: criar relacionamentos para melhor decidir ou agir em situações onde antes era necessario passar por uma longa e demorada cadeia de decisões. Tem uma frase, mantida aqui em inglês, de Harriet Pearson, Chief Privacy Officer da IBM que explicita claramente a questão : "Empowering employees to help develop guidelines engenders trust, fosters the enterprise-wide learning process, and improves compliance".
O sucesso e a continuidade das plataformas sociais não é mais discutida. Chegaram para ficar. Pode acontecer de uma nova plataforma substituir a anterior, como o Facebook substituiu MySpace e o Orkut, mas o conceito e a aplicabilidade vão continuar. Para entrarem neste mundo as empresas devem entender as diferenças culturais, e isto é um desafio e tanto para as empresas globais, e incentivar os seus funcionários a explorarem as tecnologias sociais. Uma empresa debater se vai ou não entrar no mundo do social business é perder o tempo. A discussão deve ser quão rápido eu recupero o tempo de ainda não estar lá.
by Cezar Taurion
Fonte: administradores.com.br

domingo, 23 de setembro de 2012

Compreenda o ciclo de vida de seus produtos ou serviços


O desconhecimento do momento em que a empresa se encontra é um dos principais fatores que levam à desagregação dos negócios. Produtos e serviços têm ciclo de vida e é muito importante conhecê-los, pois disso depende a otimização de resultados, a comunicação mais efetiva, o planejamento estratégico. Conheça aqui, mais de perto, os ciclos de vida de um produto ou serviço, que vão da introdução ao declínio, passando por crescimento e maturidade. Ao conhecer estes ciclos você pode planejar com mais eficácia e compreender, inclusive, a hora certa de inovar. Conhecer melhor sua empresa, suas forças e fraquezas, ameaças e oportunidades são os primeiros passos para conhecer o todo e, a partir daí, planejar e mudar o seu resultado.
Uma das principais fragilidades das pequenas e médias empresas é justamente a falta de informação. A maioria das empresas atua de forma reativa, ou seja, reagindo a situações específicas de mercado como a inovação de outras marcas, a guerra de preços deflagrada pela concorrência ou fusões. Para não agir às cegas, as empresas precisam reunir informações importantes que, muitas vezes, não estão visíveis e precisam ser garimpadas e pesquisadas, algo difícil para organizações com times enxutos, muito focados nas operações do dia-a-dia. Um exemplo dramático é o que diz respeito ao ciclo de vida dos produtos ou serviços. Neste momento, você conhece o ciclo de vida dos produtos ou serviços de sua empresa?
De modo geral, até mesmo para empresas prestadoras de serviços, os produtos apresentam ciclos de vida que já foram amplamente pesquisados e estudados. Estima-se que os ciclos de vida são 4: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A introdução é o momento em que o produto é idealizado e lançado no mercado, configurando-se em uma inovação, trazendo como diferencial justamente o fato de ser novo, inovador. O crescimento é o momento em que o produto avança, conquistando consumidores de modo lento e gradual ou arrebatador e vertiginoso. Com o passar do tempo, este produto conquista uma fatia de mercado e se consolida como uma opção para o cliente. Entra assim na fase da maturidade, que pode ser longa ou curta, dependendo das ações de marketing da empresa. Por fim, em função da concorrência, das inovações, da disputa por preço, o produto entra em declínio, podendo deixar de ser lucrativo e até deixar o mercado.
Você conhece o ciclo de vida dos produtos ou serviços de sua empresa? Conhecer essa informação pode significar a diferença entre lucro ou prejuízo, obsolescência ou inovação. Se você não tem essa informação, pode ser importante pedir ajuda especializada para conhecê-la, pois isso pode significar a renovação de seu negócio.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Agronegócio à prova de rigores do clima: sonho ou realidade

Conheça os esforços dos pesquisadores brasileiros na busca por cultivos agrícolas mais resistentes às turbulências do tempo e ao aquecimento do planeta.

Dois mil e doze era para ser um bom ano para a safra mundial de milho, soja e trigo, pelas previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Mas no meio do caminho, ali entre junho e julho, a pior onda de calor em meio século torrou as lavouras dos Estados Unidos, o maior exportador de grãos. Condições semelhantes de estiagem também reduziram a produção de trigo no Leste Europeu. O resultado dessa reviravolta climática foi um aumento de 10% nos preços globais dos alimentos, segundo relatório do Banco Mundial (Bird), o que nas palavras do presidente da entidade Jim Yong Kim “ameaça fortemente a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas".
Enquanto os produtores de grãos do Tio Sam estimam perdas entre 20% e 30% nos cultivos, o Brasil pode ter uma safra de grãos histórica, algo como 165,92 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é que a produção de soja nacional supere a americana, alçando o país ao posto de maior produtor mundial da oleaginosa, commodity que está na base da indústria de alimento – da produção de carne a pão. Não se pode ignorar, no entanto, que o momento de euforia vivido pelos produtores brasileiros pode passar de forma tão repentina (e sem aviso prévio) quanto a chegada da onda de calor que castiga nossos vizinhos americanos.
“Eventos climáticos extremos, que ocorriam a cada 20 anos, estão ficando mais frequentes, aumentando o potencial de perdas significativas para os produtores e consumidores”, afirma Geraldo Barros, professor da USP e coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). “E o que se observa até agora é que tanto o agronegócio brasileiro como o mundial está vulnerável aos eventos climáticos, como se pode constatar inclusive em países desenvolvidos como os EUA, onde não foi possível qualquer reação importante às altas temperaturas e à seca recentes”.
Mas há esperança. E ela repousa não apenas em tecnologias que otimizem o uso do solo pela agricultura, mas no desenvolvimento de cultivos mais resistentes às intempéries climáticas. No Brasil, pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), há quase dez anos, vêm estudando o comportamento e desenvolvimento das plantas em condições adversas, a fim de identificar cultivares menos sensíveis à seca, principal ameaça climática ao agronegócio brasileiro.
“De 2004 para cá, tivemos cinco anos muito quentes com perdas fortes, na ordem de R$ 5 bilhões”, lembra o pesquisador da Embrapa Eduardo Assad, uma das maiores autoridades brasileiras no tema. Antes, eventos assim aconteciam uma vez a cada cinco anos. Mas agora, os dias estão ficando mais quentes e a temperatura no inverno está aumentando mais rápido que no verão.
Fonte: exame.com.br

sábado, 8 de setembro de 2012

Ideias verdes que podem transformar o mundo

Soluções ecológicas e simples têm potencial de mudar a vida de milhares de pessoas que vivem em regiões pobres de países em desenvolvimento.

Quiosque solar ilumina a África
Imagine um lugar onde o pôr do sol significa a escuridão total e quem quiser um pouco de luz para estudar ou trabalhar durante a noite precisa recorrer a lampiões de querosene, cuja fumaça é extremamente prejudicial à saúde. Pelo menos 1,5 bilhão de pessoas no mundo vivem nessa condição de isolamento energético, sem acesso à rede elétrica. Mas uma nova invenção pode mudar isso. É o SolarKiosK, um quiosque movido a energia solar, ou como chamam seus criadores, a empresa alemã SolarKiosk GmbH, uma “unidade de negócios autônoma”. O primeiro exemplar começou a operar em julho num vilarejo da Etiópia, um dos países mais pobres do mundo. O quiosque vende de tudo: alimentos, pilhas, lanternas, bebidas, medicamentos, cartões para celular, entre outros produtos típicos de um posto comercial convencional. Seu diferencial, no entanto, reside da oferta de energia, limpa e renovável, produzida pelos paineis solares no teto. O sistema fornece eletricidade para uma geladeira que funciona como frigorífico comunitário e também para recarga de aparelhos celulares ou computadores. Dependendo das condições do local, dá até para oferecer TV, internet e música. O próximo passo é expandir o projeto para as regiões mais remotas de toda a África, onde 800 milhões de pessoas não têm acesso à energia. Para isso, a empresa busca apoio de investidores e Ongs.


Bola transforma chutes em energia
Em muitos países africanos, boa parte da população não tem acesso à eletricidade e acaba recorrendo às lâmpadas de querosene, um perigo para saúde. Segundo o Banco Mundial, inalar a fumaça emitida por essas lâmpadas é equivalente a fumar cerca de dois maços de cigarros por dia. Pensando em melhorar a vida dessas comunidades carentes, quatro estudantes da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveram um projeto que usa o popular futebol para reduzir a exposição da população ao perigo. Eles criaram a sOccket, uma bola que tem a capacidade de gerar energia a partir dos chutes dos jogadores. A energia armazenada pode ser então usada posteriormente em luminárias e lâmpadas LED de baixa tensão, ou para recarregar telefones celulares. Durante quinze minutos de jogo, a bola, que é um pouco mais pesada do que o normal (tem cerca de meio quilo) gera acumula energia suficiente para manter acesa uma lâmpada de LED por três horas. Dessa forma, as comunidades podem gerar sua própria eletricidade brincando.


Giradora: a máquina de lavar que dispensa energia
Projetada com apenas 40 dólares (cerca de 80 reais), a Giradora é uma máquina de lavar que dispensa energia elétrica e ainda poupa água. Semelhante a um cesto de roupas, ela é acionada por um pedal, e necessita apenas de um terço da água usada por aparelhos convencionais. Ela foi idealizada pelos designers Alex Cabunoc e Ji A You, que bolaram a solução depois de visitarem regiões negligenciadas pelo poder público e constatarem que os moradores perdiam de 3 a 5 horas lavando roupa na mão. O funcionamento é bem simples: basta colocar as roupas sujas no interior, sentar sobre o aparelho que tem um tampa acolchoada, e bombear com o pé o pedal localizada na base. Quanto mais se pedala, maior a velocidade de giro e melhor o resultado final da limpeza. Além de ser econômica e ecológica, a Giradora é também mais saudável que a prática arcaica, de passar horas inclinado sobre uma pia, evitando assim efeitos colaterais indesejados como dores nas costas e lesões no punho.


Uma bicicleta de papelão de apenas 9 dólares
Embora pareça impossível, o israelense Giora Kariv mostrou que dá para construir quase qualquer coisa com papelão reciclado. Com uma bagatela de apenas 9 dólares, ele criou uma bicicleta a partir das embalagens descartadas pelo comércio. Ele acredita que sua bike ecológica pode melhorar a vida de comunidades pobres porque, além de estimular a reciclagem, ela é forte, durável e, principalmente, barata. Mais do que uma boa dose de criatividade, o israelense precisou foi mesmo de uma enorme determinação.
“Não havia conhecimento no mercado sobre como trabalhar com papelão além da confecção de embalagens. Então, fui testando métodos diferentes. Basicamente, uso a mesma técnica de dobraduras de origamis japoneses”, explica. Kariv trabalhou duro e dobrou muito papelão para chegar ao protótipo ideal, que combina o design tradicional de uma bike e a resistência – ela tem capacidade de suportar o peso de uma pessoa de até 140 quilos. O resultado impressiona: uma vez pronta, não dá nem para acreditar que é feita de papelão.


Bolsa purifica água usando raios solares
São Paulo - O acesso universal à água potável, um direito fundamental de todos, ainda está longe de ser realidade. Segundo estudo da Onu, 97 em cada 100 pessoas que moram áreas rurais de países menos desenvolvidos não contam com água canalizada, enquanto 15% da população bebe água diretamente de rios e lagoas. Pensando em revolucionar a rotina destas famílias, os designers norte-americanos Ryan Lynch e Marcus Triest criaram uma bolsa que funciona como recipiente para transporte de água e também como purificador. A “Solar Bag”, como foi chamada, usa duas camadas de polietileno – uma transparente e outra preta no fundo – para maximizar o aproveitamento de raios ultravioletas do sol, responsáveis pela descontaminação da água. De acordo com os designers, ela é capaz de purificar 2,5 litros de água no período de seis horas, tempo que muita gente na África subsaariana leva caminhando quilômetros sob o sol ardente até uma fonte de água disponível. No fundo da bolsa, há ainda um tubo que facilita a retirada da água limpa. Outro benefício é o baixo custo da Solar Bag, de até 5 dólares, dependendo da escala de produção.
Fonte: exame.abril.com.br

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Novas carreiras promissoras no Brasil


Salto na Carreira

Anualmente, a rede Laureate, grupo multinacional de educação que é dono de 50 universidades em 20 países, dez delas no Brasil, faz um estudo no qual mapeia as áreas do conhecimento que deverão ganhar projeção no mercado de trabalho e exigir profissionais nos próximos anos.
Com o estudo, a instituição identifica demandas de mercado, que muitas vezes nem as organizações sabem que têm, e procura criar cursos adequados para atender as empresas.
O estudo de 2011 aponta que parte significativa das novas carreiras está relacionada às indústrias de tecnologia da informação, engenharia, energia e à sustentabilidade. Outra parcela estará concentrada em serviços, em áreas como entretenimento e saúde. "Esses empregos estão relacionados a mudanças demográficas e a novas tecnologias e vão requisitar mais inovação e criatividade do que as formações tradicionais", diz Oscar Hipólito, diretor-geral acadêmico da Laureate Brasil.
Outra característica das carreiras emergentes é a integração de diferentes esferas do conhecimento. "O profissional do futuro é um especialista que busca uma conexão com outra área", diz Carlos Antônio Leite Brandão, do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Embora algumas das profissões ainda nem existam formalmente, os interessados podem usar desde já as informações sobre as novas carreiras para pautar seus caminhos profissionais.
"A pessoa pode ir se aproximando, dentro da empresa, de áreas afins àquela em que pretende atuar no futuro", diz Renata Giovinazzo Spers, coordenadora de projetos da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. "Os profissionais que se anteciparem, se preparando desde já para atender às tendências do mercado para os próximos anos, provavelmente vão se tornar referência nessas novas áreas, quando elas explodirem", diz. Mas, lembre-se: para conquistar essas vagas, é preciso investir na educação. Então, mãos à obra.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Curso de Inglês na UDESSM

Agora Silveira Martins tem curso de inglês!
A  língua inglesa, considerada língua franca, é a língua mais usada para acordos comerciais e viagens. Quem domina este idioma, tem grandes oportunidades, ainda mais agora que o Brasil tem a intenção de organizar e sediar eventos internacionais de grande porte e, falar inglês, nestes momentos, é garantia de sucesso.
Pensando nisso, a UFSM – Campus de Silveira Martins (UDESSM) passa a oferecer aos seus alunos e a comunidade, a oportunidade de ter o inglês na ponta da língua, através de um curso de inglês básico.  
As aulas acontecerão às segundas e quartas-feiras à noite, com uma hora de duração. Para as crianças de 08 a 12anos, as aulas serão das 18h 30 às 19h 30, logo após é a vez dos jovens e adultos treinarem seu inglês das 19h 30 às 20h 30.

O Curso custará R$ 70,00 ao mês e é destinado às pessoas de diversas idades e níveis de conhecimento.
Venha fazer parte, invista no seu futuro.  As vagas são limitadas
Informações  pelo fone: 
(55) 3224 – 47 15 falar com Rodrigo
Ou pelo e-mail:
Luciana.traverso@usm.br com a Profª Luciana.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Redes sociais: saiba qual ferramenta se encaixa mais no seu modelo de interação


Com os produtos de gerenciamento de mídia social se posicionando no mercado, pode parecer que todos fazem as mesmas coisas, mas apenas alguns possuem alta escalabilidade. A única coisa se proliferando mais rápido do que as ferramentas de gerenciamento de mídias sociais são as contas, perfis e páginas que grandes marcas e empresas têm no Facebook, Twitter e outros sites sociais.
Uma organização que tem centenas de contas em mídias sociais talvez tenha demais – especialmente na ausência de qualquer esquema coordenado para rastrear quem tem acesso a qual conta – e quais contas têm acesso a recursos específicos, como as páginas de negócios do Facebook. Especialmente no início dos esforços sociais por entusiastas querendo estabelecer presença da marca, muitas contas foram criadas por um individuo querendo provar um ponto de vista. Mesmo quando gerenciadas com disciplina, contas sociais tendem a se proliferar porque são associadas a diferentes marcas ou campanhas de marketing. Enquanto os produtos de gerenciamento de mídias sociais fazem tantas alegações parecidas, que parecem ser todos iguais, apenas alguns produtos lidam com esse tipo de escalabilidade.
Sprinklr e Spreadfast são dois com que conversei recentemente. Uma recente publicação do Grupo Altimeter, “Guia do comprador: uma estratégia para gerenciar a proliferação de mídias sociais”, coloca o Sprinklr no topo da lista de produtos com mais capacidades para servir grandes empresas, e o Spreadfast é o próximo da lista. O artigo também observa que nenhum dos produtos supre todas as necessidades. Por exemplo, a plataforma de gerenciamento de mídias sociais Buddy Media é usada por algumas grandes marcas por causa de sua força no gerenciamento de páginas e aplicativos do Facebook, mesmo que essas empresas não usem o Buddy Media para outros aspectos da estratégia de gerenciamento de mídias sociais, como publicações de post por múltiplas plataformas sociais. Existem outras dimensões de escalabilidade. Hearsay é especialista em ajudar organizações corporativas a coordenar representantes de vendas ou franquias para distribuir mensagens por mídias sociais enquanto monitora ou filtra essas mensagens de acordo com as políticas corporativas ou regulamentos da indústria.
Produtos como o Sprinklr e o Spreadfast se destacam na habilidade de coordenar publicações em mídias sociais e reposta ao consumidor por grandes equipes e muitas identidades sociais. O Grupo Altimeter dá melhor pontuação ao Sprinklr por “intensa resposta ao consumidor” em comentários e pesquisas em mídias sociais e classifica o Spreadfast como melhor plataforma “social de broadcast”, mas ambos têm alta pontuação geral. Outros fornecedores no topo da lista de escala são Alcatel-Lucent / Genesys, Comufy, Shoutlet e Attensity.
Na outra ponta estão plataformas de gerenciamento de mídias sociais como o HootSuite, com um modelo de negócio freemium que o coloca na porta de muitas pequenas e médias empresas (PMEs) e agências. A HootSuite adicionou, recentemente, melhores processos de fluxo de carga, como revisão e aprovação de posts antes da publicação, conforme tenta se manter focada em negócios corporativos, mas ainda é considerada mais apropriada para o uso departamental do que para gerenciar as atividades sociais de uma grande empresa.
“Quando entramos em uma empresa, geralmente substituímos a HootSuite e o CoTweet”, concordou Jim Rudden, diretor de marketing da Spreadfast.
O Grupo Altimeter relatou que 140 gerentes corporativos de mídias sociais globais entrevistados disseram que estavam controlando, em média, 178 contas sociais, incluindo 30 no Facebook e 39 no Twitter, além de LinkedIn, YouTube, FourSquare, blogs, fóruns e mensagens. Na ausência de um programa organizado para gerenciar essas identidades, a Altimeter alerta que uma empresa pode acabar tendo o sério problema de “saneamento” social – limpar a bagunça após os fatos. A Sprinklr alega estar trabalhando com “mais 100 marcas reconhecidas internacionalmente”, embora algumas delas sejam tímidas para se identificar. No entanto, é possível ver posts “via Sprinklr” na página da Dell, no Facebook, e a Virgin America serve como referência de consumidor.
Um gerente de mídias sociais em uma varejista nacional, que pediu para não ser identificado, disse que o Sprinklr não é a única ferramenta de gerenciamento de mídias sociais na caixa de ferramentas dele, mas “é a mais usada”, e é capaz de assumir outras funções conforme a ferramenta expande suas funcionalidades. “Dependemos bastante dela para publicação e posts agendados”, disse ele, confiando no fluxo de carga fornecido pela ferramenta para governar a presença da varejista nas mídias sociais. Para esta empresa, um ponto em que o gerenciamento de mídias sociais se complica é que, além de promover a própria marca, ela lida com centenas de fabricantes que estão, constantemente, clamando pela criação de promoções em mídias sociais associadas a seus produtos específicos, contou ele.
“Nós criamos nossa ferramenta para atender às necessidades das grandes empresas de hoje, que têm de gerenciar centenas de páginas no Facebook – temos um cliente no momento que lida com 1.200 páginas”, disse Thomas, da Sprinklr. Além de ter diversas marcas, grandes organizações geralmente também têm uma página para cada país em que faz negócios, disse ele. Com a adição da Suíte de Aplicativo Social, a Sprinklr também está entrando no segmento do mercado de gerenciamento de aplicativos do Facebook.
A Sprinklr também se mistura com vendedores de monitoramento de mídias sociais, embora não alegue oferecer a mesma cobertura de especialistas como a Radian6. Em vez disso, a Sprinklr é equipada, especialmente, para capturar e acompanhar a reação a uma campanha de mídia social, disse Thomas. Por exemplo, com uma única campanha, um cliente recentemente gerou 130.000 conversas por redes sociais em quatro dias. “A empresa tem 60 gerentes de comunidade, mas comparada com 130.000 mensagens, 60 gerentes não é nada”, disse ele. Ler todas essas mensagens não seria prático, mas o Sprinklr torna mais gerenciável ao aplicar técnicas naturais de processamento de linguagem para identificar o que realmente exige resposta, apresentando essas mensagens como prioridade e identificadas por cores que representam conteúdo e sentimento “para aproveitar ao máximo o tempo dos gerentes de comunidades”, disse Thomas.
A Spreadfast disse que um cliente típico gerencia 15 marcas, geografias ou grupos dentro da plataforma, e que grandes marcas, geralmente, gerenciam 100 contas – algumas podem chegar a 600. Rudden disse que muitos de seus clientes estão usando plataformas de monitoramento da Radian6 ou Crimson Hexagon “para uma visão a 10.000 pés” dos negócios, mas a empresa dele se concentra em ser melhor ajudando na gestão do “engajamento diário nas redes sociais”.
Baseada em Austin, Texas, a Spreadfast começou em 2008 como uma empresa de serviços trabalhando com agências e marcas, então lançou sua plataforma de software-como-serviço South by Southwest, em 2010. “Nossos primeiros clientes eram agências servindo múltiplos clientes, mas em 2011, a coisa mudou e muitas empresas decidiram que precisavam trazer o lado operacional das mídias sociais para dentro da empresa”, disse Rudden. A Spreadfast trabalha, basicamente, com departamentos de marketing, embora muitas vezes o pessoal de marketing se torne “agentes acidentais de atendimento”, oferecendo a primeira linha de resposta às questões e queixas de consumidores, disse Rudden, ou direcionam para o serviço de consumidor apropriado/atendimento ao cliente. “Cada vez mais alguém do grupo de atendimento participa da equipe de marketing”.
A Spreadfast está desenvolvendo uma versão de seu console de publicação e monitoramento “para interações simplificadas”, que deve ser lançada em Julho, de acordo com Rudden. Uma amostra do aplicativo seria para a Whole Foods, cliente da Spreadfast, para fornecer a ferramenta para seus 350 gerentes de lojas para ajuda-los a “lidar com o social de forma organizada e diária”, disse ele. “A questão é, se você tem alguém fora da pressão corporativa que tem uma hora por dia para lidar com o social, como tornar essa pessoa realmente eficiente?” Em vez de analisar todos os post possivelmente relevantes, essas pessoas querem ser alertadas quando alguma coisa específica exija uma resposta, disse ele.
“A Whole Foods não é nosso maior cliente – temos um em que ajudamos 1.500 usuários a lidar com o social em 400 locais”, contou Rudden.
Tais planos também podem levar a proliferação de contas em mídias sociais, mas o truque é fazer isso de forma organizada.
Fonte: informationweek.com

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Posicionamento, a maior proposta de valor de uma empresa


“Não adianta investir milhões em marketing, sendo que o valor interno não reflete a vontade externa. O mercado sabe das coisas, os colaboradores transparecem e os problemas aparecem”. Na mesma medida em que a internet causou um movimento gigantesco de facilidades para o contato com clientes e usuários, também trouxe problemas bastante complexos para as empresas, alvos das mídias sociais e do imediatismo deste novo relacionamento.
Com base nesse atual panorama, e numa sequência de outros macroambientes por trás do relacionamento e tratamento da marca, a CRN Brasil bateu um papo com Francesc Delgado Ruiz, professor e diretor do departamento de marketing da Escuela Superior de Administración y Dirección de Empresas (Esade) de Barcelona, gerente de marketing da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e sócio de várias outras iniciativas. Para ele, a base atual de sustentação do mercado é o valor e o posicionamento da companhia.
CRN Brasil – Qual é o maior desafio de enfrentar o mercado de consumo seja corporativo ou final, no século XXI, frente a tantos novos nichos de atuação?
Francesc Delgado Ruiz – No século XXI tudo mudou, isso pode ser observado por qualquer pessoa que está no mercado há mais tempo. Antes, há 14 anos, as pessoas faziam um grande investimento em comunicação massiva, várias ações de marketing e publicidade e com, isso ganhavam notoriedade, respeito. Hoje isso funciona? Sim, mas não significa que será da forma como deve ser. Através das redes sociais, você consegue ser uma marca top of mind a custo zero, seja para o bem ou para o mal. No atual momento, as redes sociais ainda são usadas para o mal, disso não há dúvidas. As pessoas utilizam aquele espaço para reclamar e pegar no pé das marcas, e isso se espalha de forma viral nas mídias. Os núcleos de comunicação, por vezes, trabalham apagando um fogo imenso que se alastra a cada replicação. A grande dúvida é: como lidar com este cenário?
CRN Brasil – Então, como lidar com este cenário?
Ruiz – A primeira coisa é aceitar: Twitter e Facebook, por exemplo, são muito complexos, a ponto de você ter centenas de milhares de clientes, e, no Facebook, você não conta com tantos fãs assim. É um grande ponto para pensar se a estratégia usada no “mercado físico” é a correta, se os clientes são mesmo fiéis à marca. Temos que pensar em lidar e gerenciar toda essa massa, e jamais combatê-la. Há muito poder por trás de um simples tweet. Tudo se trata de posicionamento de mercado, a visibilidade que a marca atinge e como faz isso. E essa linha de pensamento te leva a caminhos como perguntar “o que estou fazendo nas redes sociais?” ou “estou fazendo isso da forma correta?”. Hoje, através das redes sociais ou do Google, o cliente, por vezes, sabe mais dos produtos que os próprios fabricantes.
CRN Brasil – Mas tudo se trata das redes sociais? Estamos falando que o mercado está resumido ao relacionamento online?
Ruiz – As rede sociais substituíram o antigo modo de relacionamento. Complicou por um lado, quanto a lidar com a fúria e a necessidade imediatista de atendimento e interação, mas facilitou quanto ao contato com o cliente, isso é inegável. Com 140 caracteres você deixa o consumidor a par do que está acontecendo. Então, a resposta é: não, nem tudo se trata das redes sociais, mas o relacionamento, antes de ser pessoal, olho no olho, é hoje testado pelo quanto a marca dá atenção ao seu consumidor através de mídias online. Para o consumidor, é muito fácil simplesmente resolver a dúvida dele pelo Twitter, pois ele, como cliente, está lá disponível para a conversa. Esse é o novo olho no olho. O motivo da grande maioria das empresas ainda não conseguirem entender as redes sociais é que elas ainda pensam de forma burocratizada. Existem regras? Sim, existem. Mas há quanto tempo existem essas regras? Elas foram reformuladas pensando na forma de relacionamento que encontramos hoje? As perguntas são muitas, mas a resposta, em síntese, é que se não houver uma forma mais simplista de contato, há uma tendência muito clara de queda.
CRN Brasil – Dando um passo atrás na nossa conversa: por onde começar e para onde as empresas devem caminhar?
Ruiz -Tudo se trata de valor e posicionamento. Esses dois pontos são o início e a base de sustentação no atual mercado. Então vamos por partes: O valor que eu digo é tudo o que impulsiona a empresa, ou seja, a missão, o objetivo, as metas, as divisões internas, a clareza no relacionamento, o convívio interno, a facilidade de fazer negócios, as políticas claras, o engajamento pessoal, a liberdade de expressar opiniões…São vários elos que devem ser extremamente bem estruturados. É difícil? É, mas não deveria, pois estamos falando no quão claro é o negócio da empresa para dentro e para fora da estrutura. E quando vamos para fora, temos clientes sedentos dessa clareza. Os valores internos refletem no mercado. Há tanta especulação hoje, que criar dúvidas deixa a concorrência feliz e o usuário/ cliente enraivecido. As empresas devem se apegar a essa ideia. Não adianta investir milhões em marketing, sendo que o valor interno não reflete a vontade externa. O mercado sabe das coisas, os colabores transparecem e os problemas aparecem.
CRN Brasil – E aí já estamos falando do posicionamento, certo?
Ruiz – Correto! As pessoas compram o produto, o serviço, mas principalmente os valores da empresa, a forma como ela se posiciona. Com a empresa bem posicionada, a qualidade se dá por entendida. Então, por exemplo, esse é o motivo das filas de espera para comprar uma Ferrari de 600 mil dólares contra a necessidade de se fazer várias campanhas para vender um Fiat Uno. Os dois podem quebrar, mas a qualidade está subentendida.
CRN Brasil – Mas falamos de dois nichos de compras muito diferentes, com poder aquisitivo muito distante entre os consumidores de um ou outro veículo.
Ruiz – Claro, com toda a certeza. São nichos. Mas isso é postura, certo? O cliente compra a qualidade, a marca, os valores e tudo por trás da Ferrari, sendo que ela é da Fiat, que também fabrica o Uno. A Ferrari se posicionou em alto escalão e o Uno ainda não encontrou o modelo certo de presença no mercado. Não estou dizendo que é isso o que acontece, mas é o que o mercado vê. E isso, levado ao mercado de tecnologia, desde o fabricante ao usuário, é um excelente exemplo de como se posicionar em cada produto e solução. Se é um equipamento para grandes empresas, então é para elas apenas, se é para pequenas, que seja para elas, mas tudo isso com valores e postura clara. Voltando aos carros, claro que são nichos, obviamente, quem compra hoje um Uno não vai levar uma Ferrari, mas se o Uno tivesse um público certo e bem definido, sem tantas mudanças drásticas ano pós ano, de repente, ele não seria uma opção entre várias de escolha, mas sim a escolha em si desde o princípio, assim como é a Ferrari.
CRN Brasil – Mas e a concorrência com os produtos chineses, por exemplo?
Ruiz – Se o seu cliente optou por comprar um produto chinês, é um valor dele e não seu. Nem todos os produtos chineses são ruins, temos grandes empresas lá. Mas quando há um histórico claro de problemas, e você perde uma concorrência com alguém comercializando esse produto ruim, que isso não faça parte da sua empresa. Novamente, qualidade se dá por entendida.
CRN Brasil – Voltando àquele papo do cliente, em sua palestra para parceiros da Furukawa você afirmou que um dos grandes problemas das marcas é gerar expectativa em excesso, pois não atender a expectativas gera uma visão negativa. No mundo da TI, muitos são os fabricantes que sempre se posicionam como líder de algum segmento. Isso, então, é ruim?
Ruiz – Vejo alguns pontos aí. Primeiro, os institutos de pesquisas podem posicionar e a fabricante pode divulgar da forma que quiser, mas o mercado é mais sensato, pois eles sabem que ser líder não significa necessariamente ser o melhor. De repente, a tecnologia é a melhor, mas todo o conjunto por trás não é tão líder assim. E isso leva a outro ponto, pois se posicionar como líder gera a expectativa no consumidor de que ele é o melhor, que tudo daquela marca será demais, genial. Mas e se o serviço não for bacana? E se o produto der problema e a resolução for demorada? Adianta ser líder em tecnologia e esquecer a liderança em serviços? Existe uma margem de aceitação, que fica entre atender às necessidades e superar as expectativas. Ambas são boas, mas em proporções diferentes, e isso vai do pré ao pós-venda. Quando elos desse sistema são deixados para trás, e a expectativa se transforma em algo ruim, isso se torna um problema, pois voltamos a falar de externar toda a insatisfação, principalmente em redes sociais. É um fato, hoje está ainda mais tênue a linha entre a felicidade e a raiva. Alinhando o pensamento, posso afirmar que quanto mais vezes a empresa afirma ser a melhor em algo, maior é a expectativa do consumidor e ainda maior pode ser a decepção com a compra, gerando um feedback negativo.
CRN Brasil – E quando você fala “o mercado sabe”, isso também é contemplado pelos colaboradores?
Ruiz – Com toda a certeza. O funcionário é o cliente interno, que é tão importante quanto o externo. Uma equipe com propósitos claros, com um direcionamento justo e bem focado de para onde a empresa quer ir, faz com que os colaboradores trabalhem em torno de um grande objetivo, pois eles sabem que vão ganhar com a empresa crescendo.
Mais do que nunca, somente a clareza na hora de fazer negócios pode dar um futuro certeiro para qualquer marca, seja o fabricante, o canal, o integrador, o prestador de serviços, a área de marketing, seja quem for. As pessoas querem saber para onde a empresa vai e como podem (e se vão) ajudar. Os valores das empresas estão em jogo, tanto para quem compra quanto para quem faz. E, até usando um pouco do que você perguntou, o funcionário sabe se a empresa é líder. Se a marca transparece uma coisa, mas internamente está totalmente o contrário, novamente, logo os problemas aparecem. O empresário tem que ter uma mensagem muito clara para seu negócio: toda estratégia orientada ao cliente final pode ser um fracasso se o colaborador não pensa igual à empresa.
CRN Brasil – Então, para estruturar um pensamento elencado em prioridades, o que é mais importante hoje: qualidade, preço, o relacionamento ou a combinação de todos?
Ruiz – Todos esses são prioridade, junto à transparência, posicionamento e todas as questões de valor. Não dá para dizer “vou começar a melhorar a empresa primeiro pelo pós-venda, depois pelo marketing, aí no atendimento…”, tudo deve ser feito junto, ao mesmo tempo, para que o conjunto trabalhe em ordem. Pode ser feito de forma rápida ou mais lenta, mas junto. Fazer aos poucos é mais doloroso, pois gera novas lacunas internas. E, quanto ao preço, ele carrega todos os valores. Ser caro ou barato são variáveis a tudo que está por trás do que é oferecido na ponta. Vale lembrar que os responsáveis pelas áreas, os gestores, são muito mais cobrados, sendo as pessoas que estão na linha de frente para atender a tudo o que conversamos aqui. Esses profissionais devem ser – junto ao corpo diretivo – os impulsionadores dos propósitos empresariais, eles devem estar engajados e dispostos. Isso serve como reflexão para que, em um momento de arrumação total, o presidente da companhia, por exemplo, saiba o momento de trocar o time, mudar o jogo, trabalhar a imagem da companhia e fazer o “projeto empresa” funcionar.
CRN Brasil – Os executivos por trás da marca fazem a diferença na hora da compra? Como foi o Steve Jobs, por exemplo?
Ruiz – Ele fomentou a paixão pelos devices, ele se colocava publicamente falando que o dele era o melhor e, quando caiu na graça do usuário final, a visão dele foi extremamente bem aceita. Ele engajou os usuários finais a ponto de defender a marca fortemente, viralizando os aplicativos e as formas de uso. Respondendo à pergunta, sim. Executivos assim ajudam. É arriscado, mas no caso dele deu muito certo, e isso pode não ser útil em outros segmentos ou setores.
CRN Brasil – O usuário engajado é a melhor ferramenta que o marketing poderia ter?
Ruiz – Certamente! Pois voltamos àquela discussão do quanto esses usuários espalham suas experiências nas redes sociais, criam fóruns para discussão, incentivam o uso, a compra, desenvolvem o desejo de comprar em mais e mais pessoas, que, muitas vezes, como no caso dos tablets, não fazem ideia do que estão segurando nas mãos, usam apenas 5% da capacidade total do equipamento, mas ele tem.
CRN Brasil – No caso de um canal integrador, que tem sua grande margem de atuação proveniente do serviço prestado, o que é o ideal?
Ruiz – Cobrar uma postura firme e coesa dos fabricantes com que ele trabalha. Se ele já está em uma empresa com grande reconhecimento do mercado, o vento já sopra para o lado dele, mas agora começa a conversa de ser uma extensão de toda a confiança que o mercado deposita na marca que ele representa, e a concorrência é grande. O integrador, canal, revenda tem que se posicionar a favor dos negócios e da clareza do relacionamento, nunca se esquecendo da qualidade. É uma conversa que envolve muita burocracia por vezes, mas, no geral, se ele está junto a marcas que trabalham focadas no resultados de forma clara, ele terá o seu espaço, será um destaque entre todos os outros canais. O serviço em si é onde a empresa consegue mostrar seus diferenciais na prática, e o fabricante sabe disso.
CRN Brasil – Para você, o que vem depois? Com tantas mudanças na forma de comprar e se relacionar com as marcas, o que se pode esperar do futuro consumidor?
Ruiz – Adoraria ter certeza dessa resposta (risos)! Acredito que ainda levaremos um tempo para adaptar todo esse grande volume de informação que existe em algo substancial para os negócios, e durante o trajeto haverá muitas novidades. Em geral, se a tendência é evoluir, veremos um cenário parecido com o que temos hoje, mas muito mais segmentado por nichos, com públicos bem definidos e maior apreço pela “exclusividade” de produtos. Acredito que a forma de fazer negócios deva migrar para a desburocratização, que as atuais gerações de consumo tragam essa necessidade de clareza para as companhias. Enxergo a oportunidade de termos mais clareza em todos os processos, por um movimento que começou há poucos anos e que será decisivo daqui a uma década.
CRN Brasil – Para terminar nossa conversa: qual é a chave do sucesso nos negócios?
Ruiz – A chave é a mesma há anos, mas que hoje está extremamente latente: o posicionamento claro, o direcionamento efetivo. Você quer que o mercado te veja como o de melhor qualidade, então tenha qualidade. Em determinado momento, as empresas vão entender que transparecer algo não é ser; e o usuário sabe disso, o mercado então nem se fala. Novamente, valor e posicionamento andam juntos para um futuro cada vez mais competitivo, mas, certamente, mais atraente para quem sabe onde está, para onde quer ir e quem são os parceiros ideais para fazer isso, o que inclui todo o ambiente interno, os braços de negócios com os canais e a satisfação do cliente.
Fonte: informationweek.com