sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Conheça o perfil do profissional do terceiro setor


Foi-se o tempo no qual o público que trabalhava em causas sociais eram apenas senhoras donas-de-casa, dedicadas às organizações assistencialistas. As demandas do século XXI, com crises se instalando em potências consolidadas no panorama global, migraram de questões que envolviam exclusivamente o mercado para colocar em foco o chamado terceiro setor, que atrai cada vez mais jovens - que enxergam nesse segmento, além da contribuição social, uma oportunidade profissional em franco desenvolvimento. O novo enfoque e produção de conhecimento avançam da administração tradicional (do Estado e mercado), em direção à administração pública (sociedade civil). Com isso, a sociedade está diante de um desafio que se impõe para a formação de novos cenários. O que propõe o terceiro setor em relação ao mercado de trabalho? Certamente o lucro não é a prioridade número um de quem busca oportunidade de trabalho nessa área. Apesar de jovens serem tidos como ambiciosos, o conceito de ambição passa a ter outra conotação que não somente o dinheiro. Claro, ninguém diz que o dinheiro não é importante e, ao contrário do que se pensa, o terceiro setor hoje em dia oferece sim renumeração bastante digna. Mas a ambição de crescer profissionalmente em paralelo ao crescimento pessoal, pela percepção de ter um papel mais efetivo nas mudanças sociais, tem atraído cada vez mais pessoas.
Mas quem é esse profissional que se interessa por uma área ainda considerada em processo de consolidação? Resposta difícil, mas para muitos o fato de ser uma área em "processo de consolidação" é por si só, uma excelente motivação. A princípio, outros formatos de relações profissionais, aliados a propostas que vislumbrem maior participação social, indicam um caminho bastante sedutor para quem busca, acima de tudo, realização pessoal. Sair do círculo de competitividade dominante no segundo setor (indústria, comércio e serviços) e buscar satisfação de se incluir em uma causa relevante é uma das grandes motivações que tem levado pessoas a escolherem essa trajetória. Principalmente porque o terceiro setor tem atingido, diferente do tempo das "senhorinhas donas –de -casa", uma real maturidade profissional na gestão administrativa.
Mas certamente nem tudo são flores. A área ainda carece de divulgação, principalmente nos ciclos universitários, no sentido de mostrar essa opção como uma escolha consistente. Ainda prevalece a visão um pouco confusa de que se trata de um setor informal, sem profissionais devidamente capacitados para gerenciar os projetos, com estrutura precária. Em parte isso ainda (infelizmente) é verdade. Mas não é uma verdade absoluta. A profissionalização do setor é visível e louvável e se dá cada vez mais, na medida em que essas entidades atraem pessoas com boa formação e visão de mundo mais ampla. As mudanças ocorridas nos últimos tempos na configuração global, sejam políticas ou econômicas, exigem um novo posicionamento em relação às causas sociais, que não mais o de mera assistência. É preciso provocar uma nova visão, oferecer outras soluções que não as tradicionais, incluir e formar cidadãos responsáveis em todos os níveis.
Para os interessados em ingressar nesse mundo fascinante, de amplas possibilidades, sugere-se alguns requisitos básicos, como identificação com os valores da organização, flexibilidade, afinidade com a causa, criatividade e boa capacidade de relacionamento. Dependendo do tipo de entidade, podem-se enquadrar os mais diversos perfis e formações profissionais, mas é sempre bom ressaltar que este é um mercado em formação, cujo requisito básico é disponibilidade para enxergar o mundo com um novo olhar.
Fonte: Administradores.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

Freud explica como aumentar os lucros do seu negócio

Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de negócios "desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com o aumento dos lucros.
O que o famoso alemão Sigmund Freud tem a ver com o sucesso de empresários e seus empreendimentos? Muitas vezes, a reposta é simples: tudo. Entender os conceitos da Psicanálise e aplicá-los à prática do universo corporativo pode ser a solução para muitos homens e mulheres que não conseguem entender por que suas empresas não conseguem ter um bom desempenho.
Considerado por muitos como um dos grandes gênios dos séculos XIX e XX, Freud deixou um legado àqueles que buscam o entendimento da própria mente – fato este que, muitas vezes, não é almejado pelos donos de negócios. Sobre isso, vale dizer que um dos maiores desafios que enfrento no dia a dia com empresários é fazer com que entendam que a origem de problemas como baixos resultados financeiros pode não estar em estratégias, funcionários ou sócios. Em grande parte dos casos, o ponto-chave é a própria dinâmica mental desses executivos. Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de negócios "desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com o aumento dos lucros. Durante a convivência com mais de 1.200 empresários ao longo dos últimos 12 anos, busquei fazer com que entendessem os mecanismos de defesa da Psicanálise, algo constantemente presente no cotidiano corporativo.
Praticamente todos os empresários, inconscientemente, põem em prática esses mecanismos, o que prejudica – e muito – o desempenho dos negócios. Ao levar para a empresa um problema mal resolvido em casa, eles aplicam o que Freud chamou de Deslocamento e apenas transferem as preocupações de ambiente. Outro fator presente no comportamento dos donos de negócios é a Negação. Ou seja, eles deixam de enxergar determinado problema para realizar seu objetivo, por exemplo, um investimento arriscado. Mesmo que os números do relatório preparado pelo contador apontem que o momento não é propício para ampliar a fábrica ou fazer contratações, os empreendedores em estado de negação optam pelo caminho do "sei que vai dar certo" e correm até o risco de quebrar. Além de negar o risco em uma negociação, o empresário, frequentemente, é "muito apaixonado" por seu negócio. Por conta disso, põe em prática a Idealização para justificar uma decisão, especialmente as que parecem não fazer sentido para o restante das pessoas. A chamada Projeção também é algo muito presente no ambiente empresarial. Esse Mecanismo de Defesa pode ser observado, por exemplo, em uma relação de sociedade, com a transferência de desejos ou conteúdos que estão em você ao outro – "ele vive viajando" e "ele vive com mulheres mais jovens" são frases que podem exemplificar esse tipo de atitude. Em linhas mais populares, poderíamos tratar esse último tópico como "uma inveja disfarçada pela visão crítica", já que os defeitos dos outros são, na verdade, muitas vezes as virtudes que gostaríamos de ter.
Com o conhecimento dos conceitos da Psicanálise e a prática de algumas técnicas, esses comportamentos inconscientes são compreendidos e alterados. Ao mudar sua maneira de pensar, o empresário também passa a agir de forma diferente. Isso potencializa o desempenho de seus subordinados e acaba por ampliar os lucros nos negócios.
Fonte: Administradores.com.br